OQUEMANCHA em processo de criação, Beatriz Sano e Eduardo Fukushima
O Que Mancha é o novo espetáculo de dança de Beatriz Sano e Eduardo Fukushima
Abertura dos ensaios para artistas interessados:
✦ Estudos de Música para Dança, com Miguel Caldas e Rodolphe Alexis | De 23 a 26/7, 18h
✦ Estudos de Iluminação para Dança, com Hideki Matsuka e Igor Sane | De 23 a 26/7, 18h
Inscrições mediante envio de carta de intenção para o e-mail oficinas@avenidapaulista.sescsp.org.br até o dia 12/7.
E no dia 26/7, às 21h, será apresentado O Que Mancha – Abertura e Partilha de Criação em Dança. Grátis, retirada de ingressos 1h antes.
O QUE MANCHA é a imagem que escapa a apreensão da forma. É a matéria que funde, borra, distorce ao entrar em contato. É aquilo que sobra. É o que pode marcar. Dois a dois. A mancha aparece nos corpos. O movimento é urgente e desfocado. Na borda não há contorno. Eles estão destinados a um único sentido? Sentença e linha. O verbo não é falado, a ação é exposta. Parece impossível. Quem grita, chora também. Quem soa marca o tempo. A voz sobressalta, traça uma linha infinita, se desprende sem fim. O que mancha invade, aumenta, avança, distorce e fere.
O QUE MANCHA teve início no projeto Les Flâneur a convite do diretor de teatro polonês Michal Borczuch em conjunto com o ator Krzysztof Zarzecki, e teve como ponto de partida vivenciar as caminhadas à deriva nas cidades de São Paulo e Varsóvia. Este projeto teve o apoio de pesquisa da Rolex Arts Institute em Genebra e co-produção do Nowy Teatr de Varsóvia.
Registro do processo do dia 23 a 26/07/2019




Entrevista para o SESC Paulista
A experiência do corpo e seus movimentos integrados ao espaço e a própria interioridade física traz a unicidade de uma transformação poética, consolidando a linguagem corporal como um jogo complexo que ganha formas por meio das diversas possibilidades que intermediam a transição entre materialidade e o abstrato.
Mobilizando o que é insubstancial para uma certa concretude, o movimento dos corpos na dança contemporânea projeta um conjunto de intuições e expressões que concluem na tradução entre o objetivar e o transcender do caráter lúdico e também afetivo de uma ideia, de um conceito e de uma estética construídas sobre as vivências cotidianas.
Em continuidade à pesquisa do Sesc Avenida Paulista em dança contemporânea, priorizando trabalhos que se dedicam à experimentação na linguagem, O Que Mancha é o novo projeto de partilha e criação em dança de Bia Sano e Eduardo Fukushima. O trabalho que propõe desenvolver as possibilidades de experimentação no processo de pesquisa coreográfica, com estudos sobre música e iluminação, acontece na Unidade de 23 a 26 de julho, com ensaios e laboratórios de pesquisa com participação de Miguel Caldas e Rodolphe Alexis, nos estudos sobre som, e Hideki Matsuka e Igor Sane, em iluminação.
Desde 2011, Bia Sano e Eduardo Fukushima realizam parcerias, mas é em 2018 que suas experiências artísticas se unem e, também, se entrelaçam às de Michal Borczuch. A convite do diretor de teatro polonês, que participou do prêmio “Rolex Mentor & Protégé Arts Initiative”, a ação de flanar, perambular, vagar, e andar à deriva com a experiência no corpo tornou-se parte da residência de Fukushima e Sano, em colaboração ao projeto “Le Flâneur”, desenvolvido em Varsóvia e expandido para São Paulo.
Essa nova criação, ainda em processo e interdependente, com subsídio de pesquisa da “Rolex Arts Institute” em Genebra e co-produção do “Nowy Teatr”, em Varsóvia, une Sano e Fukushima com “O Que Mancha”, no espaço Arte II do Sesc Avenida Paulista.
FICHA TÉCNICA
Concepção, criação e direção: Beatriz Sano e Eduardo Fukushima
Dramaturgia: Júlia Rocha
Performance: Beatriz Sano e Eduardo Fukushima
Iluminação e espaço cênico: Hideki Matsuka e Igor Sane
Som: Miguel Caldas e Rodolphe Alexis
Figurino: Alex Casimiro
Produção executiva: Carolina Goulart